30/03/2010

31/3 às 9h - Segue a vigília por um reajuste salarial de verdade!


Categoria rejeita remuneração mínima e segue negociando reajuste salarial

Em assembleia geral que iniciou na manhã desta terça-feira e terminou no período da tarde os educadores reafirmaram a rejeição ao projeto do governo que cria a remuneração mínima de R$ 1,5 mil. A categoria também rejeitou, por unanimidade, a intenção do governo de vincular o projeto de remuneração com o de reajuste salarial.

Mais de três mil trabalhadores em educação aglomeraram-se na Praça da Matriz, em Porto Alegre, desde as primeiras horas da manhã. A assembleia geral foi aberta às 10h30 e em seguida suspensa para que a direção da entidade pudesse negociar com os deputados estaduais alterações na proposta original do governo.

A posição da categoria foi levada ao presidente do Legislativo, Giovani Cherini (PDT), e aos deputados Adroaldo Loureiro (PDT), Elvino Bohn Gass (PT) e Miki Breir (PSB). A mesma posição tinha sido externada, ainda pela manhã, ao líder do governo.

Com a informação de que os projetos da educação serão apreciados amanhã (quarta-feira 31), a assembleia geral foi encerrada. A categoria permanecerá em vigília, a partir das 9 horas de amanhã, para acompanhar as negociações. O Conselho Geral da entidade ficará de plantão.

Fonte site do CPERS: João dos Santos e Silva, assessor de imprensa do CPERS/Sindicato
Fotos: Caco Argemi

29/03/2010

Destaques dos dois primeiros dias da CONAE- Conferência Nacional de Educação

1. A fala do Ministro
A Conferência Nacional de Educação, da qual participam cerca de três mil pessoas, teve como destaque de abertura na noite do dia 28, além do apresentação da Orquestra de Flautas da Escola Municipal Vila Lobos da capital gaúcha, a fala do Ministro Fernando Haddad.
O Ministro fez um breve balanço das ações do governo federal na área da educação, com ênfase na criação do Fundeb, expansão do ensino técnico e das universidades, programa de formação de professores e o piso do magistério. Anunciou que no lançamento do PAC 2, a educação também estaria contemplada. " O problema é que em ano eleitoral muitas promessas são feitas. É o caso do próprio piso salarial do magistério, que teve seu valor para 2010 rebaixado pelo Ministério da Educação de R$ 1.312,00 para R$ 1.024,00"- Neiva Lazzarotto.

2. Dobrar o percenbtual do PIB para a Educação
Principal palestrante no segundo dia da CONAE, o professor emérito da Unicamp, Dermeval Saviani, afirmou no painel sobre a Construção do Sistema Nacional de Educação, que a existência de um sistema nacional não fere a autonomia dos entes federados - os estados e municípios. Saviani também entende que a Educação pode ser um eixo do desenvolvimento nacional tendo repercussões econômicas e sociais positivas se for duplicado o percentual do PIB destinado à educação. Ele afirmou que é perfeitamente viável atingir 9,6% já em 2011.

3. Um Plano Nacional de Carreira para o Magistério
- proposta do Senador Cristóvão Buarque

Presença sempre destacada e polêmica nos debates educacionais, o Senador Cristóvão Buarque, painelista do eixo "O papel do Estado na Regulação e na garantia do Direito à Educação" defendeu a criação de um plano nacional de carreira para o magistério, sob a responsabilidade de realização de concurso e pagamento pelo governo federal, como uma medida para melorar a educação brasileira. Seria uma carreira de Estado, pela sua importância para o país.

Neiva Lazzarotto
Vice-Presidente do CPERS/Sindicato
Delegada do RS na CONAE

Começa a Conferência Nacional de Educação


Primeiras notícias sobre a CONAE direto de Brasília por Neiva Lazzarotto para o Correio do Povo.


O final de semana foi de preparativos e de abertura oficial da Conferência Nacional de Educação (Conae), que desenvolverá trabalhos até quinta-feira (1/4), em Brasília. A comitiva gaúcha é formada por 106 delegados, entre educadores, estudantes, gestores e representantes da sociedade civil. A Conae irá definir o Plano Nacional de Educação (PNE) e indicará as diretrizes e estratégias educacionais para a próxima década no país.
Para a vice-presidente do Cpers, Neiva Lazzarotto, entre as pautas importantes e, eventualmente, polêmicas do debate está a definição da verba que será aplicada em Educação no Brasil. "Vamos defender o percentual de 10% do PIB. Hoje, não temos nem 5%. Na última discussão, uma mediação definiu 7%, mas o governo não acatou." Cita ainda a pauta sobre redução do número de alunos por turma, para 20 ou 25; e a continuação da luta pelo Piso Salarial do Magistério. O acordo mais fácil, conforme a dirigente, deve ocorrer sobre temas de formação permanente para capacitar educadores; e definição dos papéis de cada ente federativo no processo da gestão.

Retirado de Correio do Povo de 29 DE MARÇO DE 2010

Saiba mais em:
http://conae.mec.gov.br/
http://www.correiodopovo.com.br

27/03/2010

Professores da Uergs em greve

Em assembleia-geral realizada na noite de ontem, na sede estadual do Sinpro/RS, os professores da Uergs decidiram entrar em greve a partir de segunda-feira. As principais reivindicações são reajuste salarial de 9,92% e manutenção de 15 vales com valor atualizado em 4,77%.

Na próxima quarta-feira, será realizada nova assembleia no auditório do Sinpro (Av. João Pessoa, 919, na Capital), às 18h, para avaliar o movimento.

Matéria retirada de ZH - 27/3/2010

Posição do Avante Educadores
: Fica registrado o nosso apoio a luta dos professores(as) da UERGS. Essa universidade foi um passo importante para a ampliação da rede educacional do estado, mas que tem sido atacada sistematicamente por todos os governo que passaram. Voltada para o desenvolvimento regional, poderia se tornar um importante instrumento de produção do conhecimento, tecnologias, formação humana qualificada e tantas outras coisas para melhorar a qualidade de vida dos gaúchos, mas ao contrário, tem sido sucateada.
Por isso, é justa a luta dos trabalhadores, que como tantas outras categorias do esatado, sofrem com o descaso dos governos com a educação e com os vergonhosos salários pagos aos professores.

Avante Educadores!

19/03/2010

Protesto em Alvorada

Nesta quinta-feira dia 18/3, cerca de 300 servidores municipais protestaram em frente a prefeitura, contra a retirada de direitos e por reajuste salarial.
O prefeito Carlos Brum(PTB), recebeu uma comissão, entre eles os companheiros do Avante Educadores Mário San Segundo, professor da rede de Alvorada, e Neiva Lazzarotto, que estava em apoio ao movimento.
O prefeito, recebeu a pauta de reivindicações do movimento e pediu um prazo de 30 dias para dar respostas.
Enquanto a pauta era entregue dentro da prefeitura, uma bonita manifestação se organizou em frente, com apitaço e palavras de ordem pedindo aumento salarial. Este ato, quase que espontâneo dos servidores é a expressão da indignação contra a tentativa de retirada de direitos dos trabalhadores, em uma prefeitura que já paga um dos menores salários da região metropolitana.

A surpresa seguiu sendo o Sindicato dos Municipários de Alvorada, que quase pediu desculpas ao prefeito pela manifestação ocorrida em frente a prefeitura, como se aquilo fosse só a expressão de poucos, enquanto era o desejo democrático e pacífico dos trabalhadores que haviam definido pelo movimento em assembleia.
Além disso, o sindicato não fez esforços para mobilizar a categoria para a atividade, pois acham que com negociação de gabinete resolverão os problemas dos trabalhadores. Mas os municipários deram uma lição ao prefeito e ao sindicato, se demonstrando mobilizados e acreditando na luta como instrumento de transformação.
O fato é que com a mobilização, o prefeito percebeu a necessidade de negociar e acabou indicando pontos positivos para as reivindicações dos servidores.

Todos estes fatos, só comprovaram o que os professores de Alvorada já vinham pensando: é necessário encontrarem alternativas ao Sindicato dos municipários, como já foi feito em Novo Hamburgo e recentemente em Sapiranga, que é a criação de um sindicato de professores.

A luta continuará durante a espera da resposta do prefeito.

Veja a matéria de Correio do Povo sobre o ato...
http://www.correiodopovo.com.br

16/03/2010

Vergonha gaúcha

Professores em início de carreira no RS têm pior salário da categoria no país, diz estudo
Estado paga menos que o piso nacional estipulado em R$ 950


Um estudo da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) aponta que professores iniciantes na rede de ensino do Rio Grande do Sul têm o menor piso salarial do Brasil. Outros seis estados pagam menos que o mínimo determinal pela lei, R$ 1.024,67. As informações são da edição impressa do jornal Folha de S. Paulo.
Em Goiás, Tocantins, Rondônia, Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Sul, a remuneração não alcançou o piso nacional. O mínimo vale para os professores iniciantes com formação de nível médio (sem diploma universitário) que trabalham 40 horas por semana.
A lei, que abrange também as escolas municipais, foi aprovada pelo Congresso e sancionada pelo presidente Lula em 2008. Antes disso, cada Estado e município tinha um piso próprio.
Com a lei, o piso nacional foi estipulado em R$ 950. Como é obrigatório que seja reajustado todo mês de janeiro, o mínimo hoje é de R$ 1.024,67, segundo o Ministério da Educação.
Daqueles seis Estados, cinco (GO, TO, RO, CE e PE) começaram o ano pagando os antigos R$ 950, sem aplicar o reajuste obrigatório. No RS, a remuneração inicial dos professores é ainda mais baixa, de R$ 862,80.
— Nas redes municipais, embora não haja dados, a situação é pior. O professor tem menos força para negociar em municípios menores — diz o presidente da CNTE, Roberto Franklin de Leão. Para ele, o piso nacional é descumprido por razões políticas, não financeiras. "O ministério tem verbas para socorrer os que alegam não poder pagar o piso, mas ninguém pediu."
O MEC confirma. Para obter o dinheiro, os governantes precisam comprovar que falta dinheiro para a educação. O piso salarial ainda causa discordâncias porque um grupo de governadores recorreu ao Supremo Tribunal Federal alegando que a lei era inconstitucional. O Supremo ainda não decidiu o mérito da questão e determinou que, enquanto isso, os professores não podem ganhar menos do que o piso.
A CNTE usa cálculo distinto e defende piso de R$ 1.312,85 (sem contar gratificações). O STF aceitou a inclusão das gratificações no cálculo do piso.

Retirado de Zero Hora - 16/03/2010

15/03/2010

16 de março - dia de paralisação nacional em defesa do piso

Representantes da CNTE se reúnem amanhã - no dia nacional de paralisação em defesa do piso nacional - com o Ministro da Educação, às 10h, para exigir que o Ministério assuma a defesa da Lei do Piso. Outra reunião será mantida com os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para apresentar novas razões contra a ADI movida por governadores de cinco estados contra a lei. Entre os governadores que ingressaram com ação no Supremo está Yeda Crusius.

LEia mais em http://www.cpers.com.br

Indicativo de Greve do funcionalismo público em Alvorada

Indignados com os menores salários da região metropolitana de POA e com os ataques que a administração municipal contra direitos, os funcionários públicos de Alvorada decretaram indicativo de greve.
Em assembleia a categoria avaliou a substituição dos auxílio transporte por vales transportes, e a proposta do governo em aumentar o vale-refeição em apenas R$ 0,40 ao dia. A proposta do governo foi considerada desrespeitosa, tendo em vista o baixo salário já recebido na cidade, a inexistência de aumento salarial nos últimos anos e diante da maneira que o governo tentou implementar o vale transporte, visivelmente com o intuito de privilegiar as empresas de ônibus financiadoras de campanha.
A categoria não só rejeitou a proposta do governo, como montou um pauta de reivindicação que é:
Mínimo de 20% de aumento salarial;
Liberação das licenças premio;
Manutenção do auxilio transporte;
Aumento real do vale alimentação defasado.
Mesmo contra a vontade da direção do sindicato, atrelada ao governo, que tentou impedir falas de alguns professores e até mesmo buscou dissolver a assembleia, a base garantiu o início da luta. Para a negociação foi aprovado uma manifestação quinta-feira, dia 18, em frente a prefeitura de Alvorada às 17 horas, para a entrega da pauta de reivindicações ao prefeito.
Caso não haja negociação minimamente aceitável, foi aprovado em assembleia, por aclamação o indicativo de greve.

05/03/2010

UFRGS

Reitoria reprime estudantes, professores e funcionários que querem debater o Parque Tecnológico

Por: Luis Henrique Silveira

Quem chegou no campus Centro hoje (5/3) pela manhã, percebeu que a universidade estava fechada. Todos os portões novamente foram lacrados, somente o portão da rua Sarmento Leite estava aberto. Durante a noite os estudantes acamparam na Reitoria em vigília.
Diante do movimento, que paralisou a Reitoria, a reunião do Conselho Universitário foi suspensa. Apesar disto, os seguranças da universidade, partiram para cima dos manifestantes de forma truculenta. “Os estudantes disseram que não estavam impedindo a passagem então nós fomos tentar garantir que os funcionários entrassem para trabalhar”, alegou Daniel Augusto Pereira, coordenador de Segurança da Ufrgs. Após os atritos foi formada uma comissão dos movimentos para reunir com uma comissão formada por membros do conselho universitário.
Vários estudantes e inclusive a coordenadora geral da Assufrgs, Bernadete Menezes, foram espancados hoje (5/3) pela manhã, na frente da Reitoria da Ufrgs, quando defendiam a retirada do Parque Tecnológico da pauta do Conselho Universitário da UFRGS. O objetivo dos movimentos é ampliar o debate sobre o tema, inclusive com outros atores de fora da comunidade acadêmica.

Veja matéria complea com imagens em http://www.assufrgs.com.br

60% dos PMs consultados em pesquisa são contra proposta do governo

Política | 04/03/2010 | 09h23min

Reajuste da BM: 60% dos PMs consultados em pesquisa são contra proposta do governo
Resultado surpreendeu comandante-geral da corporação

Mais da metade dos cerca de 10 mil policiais militares que responderam à pesquisa encaminhada pelo comando da BM se dizem contrários à proposta de reajuste salarial do governo do Estado (leia mais no PDF ao lado). Ontem, os PMs tiveram de responder a questionário, informando se aceitam ou declinam o acordo.

A consulta causou polêmica e foi considerada constrangedora nos quartéis, devido à necessidade de identificação. O resultado surpreendeu o comandante da corporação, coronel João Carlos Trindade.

— Fiquei surpreso. Recebemos e-mails de policiais que diziam não se sentir representados pelas associações de classe. Acreditávamos que um número maior iria acolher a proposta — resignou-se, em entrevista à Rádio Gaúcha.

A partir do levantamento, Trindade afirma que terá de pensar em outras alternativas para buscar um acerto entre governo e servidores.

— Nossa postura será diferente. Temos que buscar um novo padrão para fechar o acordo — explicou.

O comandante voltou a negar que tenha havido pressão para que os PMs aceitassem a proposta de reajuste.

— O levantamento foi democrático, tanto que o resultado foi diferente do que esperávamos — defendeu.

Um novo encontro para discutir as propostas ocorre na manhã desta quinta-feira.

04/03/2010

País só cumpre 33% de metas de educação

Escrito por Folha de São Paulo – Angela Pinho e Larissa Guimarães
Qua, 03 de Março de 2010

Relatório mostra que ainda há alta repetência, a taxa de universitários é baixa e o acesso à educação infantil está longe do proposto. Estudo de pesquisadores de universidades federais abrange o período de 2001 a 2008, incluindo dois anos de governo FHC e seis de Lula .
Enquanto petistas e tucanos fazem alarde dos seus feitos na educação, um dos levantamentos mais abrangentes já realizados sobre a última década revela que os avanços na área foram insuficientes. Apenas 33% das 294 metas do Plano Nacional de Educação, criado por lei em 2001, foram cumpridas.
Relatório obtido pela Folha, feito sob encomenda para o Ministério da Educação, aponta alta repetência, baixa taxa de universitários -apesar dos programas criados nos últimos anos- e acesso à educação infantil longe do proposto.
O estudo, que abrange o período de 2001 a 2008, foi feito por pesquisadores de universidades federais, com apoio do Inep (instituto de pesquisa ligado ao MEC).
O plano foi criado com o objetivo de implantar uma política de Estado para a educação que sobrevivesse às mudanças de governo. As metas presentes nele são de responsabilidade dos três entes federados, mas municípios têm mais atribuição pela educação infantil e fundamental; Estados, pelo ensino médio; e a União, pela articulação de políticas.
O estudo traz indicadores relativos ao período de 2001 a 2008 -dois anos de governo FHC e seis de Lula. Para muitas metas, não há nem sequer indicador que permita o acompanhamento da execução.

Em outros casos, em que há indicadores claros, há um longo caminho pela frente. A educação infantil é um exemplo.

O plano previa que 50% das crianças de 0 a 3 anos estivessem matriculadas em creches até 2010. É o que a faxineira Adriana França dos Reis, 32, desejava para sua filha, que chegou aos quatro anos sem conseguir vaga. "Quanto mais cedo ela entrar na escola, sei que mais longe ela vai chegar", diz. Segundo o IBGE, só 18,1% das crianças de até três anos estavam em creches em 2008.
Já o ensino fundamental foi quase universalizado e aumentou de oito para nove anos.
No ensino médio, o obstáculo é já no atendimento. Na faixa etária considerada adequada para a etapa (15 a 17 anos), 16% estão fora da escola. Na educação superior, o plano estabelecia uma meta de 30% dos jovens na universidade. Em 2008, o índice estava em 13,7%.
O objetivo número um na educação de jovens e adultos, a erradicação do analfabetismo, está longe de ser alcançado. O Brasil ainda tem 14 milhões de pessoas de 15 anos ou mais que não sabem escrever.
Para João Oliveira, professor da UFG (Universidade Federal de Goiás) e um dos responsáveis pela pesquisa, uma das principais causas dos problemas na execução do PNE foi o veto à meta que previa um aumento expressivo nos recursos destinados à educação: 7% do PIB em educação até 2010.
Prevista na proposta aprovada no Congresso, foi vetada por FHC, que terminou seu mandato com um investimento de 4,8%. A decisão do tucano foi duramente criticada por petistas, que, em 2007 (dado mais recente disponível), já no poder, tinham aumentado o percentual apenas para 5,1%.
Sem financiamento, diz Oliveira, o plano acabou perdendo força, pois impôs deveres aos governos sem viabilizar recursos para o cumprimento deles.